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Eu sou sol de primavera Sou haste dum casto lirío Sou flor bela Sou fio de ouro em mil divinos raios luminosos. Sou a fada de Vênus... Aquela que passa e te leva a alma e o sentindo Sou doce brisa... perfume...Leve... De amor...sou gota suave Sou borboleta cor-de- rosa sobre a neve estendida Sou a princesa dos meus contos.... Sou flor-de-lis luisa a poetisa. Sou anjo criança mãos de jasmim Sou a fada de Vênus.... deusa das flores Tenho todos os meus amores cativos num meu jardim Pois as asas de Eros nasceram para abraçar a mim...! Poema Luisa Drummond

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sexta-feira, 21 de novembro de 2008

violeta






VIOLETA

Olhos de gata lábios cor de violeta,
Ela gentilmente passa com suas rebeldes madeixas
Meigo, sois o casto olhar das ninfas Pálidas,
que ao luar, sonham adormecidas
Sobre as asas de borboletas

Ela tens o doce cheiro de jasmins e margarida.
A lagarta abandonou seu velho casulo
ela agora é bonita?
Violeta passa em Gargalhadas e beijos...
Lábios quentes de sonhos e desejos,
Antes pisoteada nos canteiros dos amores
Agora é a bela exaltada
pôr sobre as pétalas da flores

Carícias sensuais d´amor rima e gozo;
Ela ama o crisântemos misterioso
O coração d”ouro de Évora
Aquele que veio do Tejo
A qual um anjo
Mais leve que o ar
É viu na bela violeta a beleza...
Que muitos pobres cegos ,
Nunca puderam enxergar!
A alma de violeta és tão doce de olhar!
Mas para ti É tarde, tarde,
muito tarde!


Poema Luisa Drummond

Muito obrigada!


sexta-feira, 21 de novembro de 2008
21/11/2008 14:20

domingo, 12 de outubro de 2008

Amado

Não ha luar



Não há luar
Sem a luz do teu olhar
Nas noites do Tejo não há luar
Não há luz nem estrelas
Não há mais fadas iluminadas
Nem tinta de ouro
Nem diários de amor
Não há mais primavera
nem Florbela em flor
Não há mais beijos ardentes a boca
Não há mais alma apaixonada
Não há borboletas nem margaridas
Só há escuridão e ruínas
Não há mais perfumes nem brisa morna
Desmorona-se o castelo de vila viçosa
Morrem de sede os alegres colibris
Pois não há mais jardins
Secaram-se os campos floridos
Não há lírios
Nem gardénias
Nem rosas
Há apenas estes versos caídos duma lágrima
Nesta noite escura fria e silenciosa.
Deus como te amo.

Segunda-feira, 22 de Setembro de 2008















domingo, 13 de julho de 2008

SOL DO MEU DIA



SOL DO MEU DIA

onde andarás o sol do meu dia?
o luar de minhas noites sombrias!
o calor de minha cama vazia,
onde andarás? o meu doce raio de sol?
de olhar tão quente,
onde andarás? o perfume que veste o teu corpo moreno,
nos orvalho dos teus beijos serenos.
onde estás você? dono de tantos encantos,
vem! meu amor...vem! querer-me nesta tarde fria,
vem! meu doce anjo de pele macia.
sopro meus versos as brisas,
para contemplar-te um canto...
busco os raios de sol para lhe dar um nome.
amo-te


luisa drumond
Maio de 1999

O CASAMENTO DE ZEUS

O CASAMENTO DE ZEUS


AO AMOR

A NOIVA Alzeídes a ninfa das flores
Oh! Amor enfeita-me os meus cabelos,
Com as flores perfumosas das laranjeiras...
Vista-me oh! Fadas como os anjos com o branco da pura seda.
Traga-me! Querubim, um ramalhete de jasmins e um colar de estrelas.
Ande de pressa! Cupido ;Leve-me para o amor de Zeus...
Porque Tu tarda tanto?
Apressa-te! Pois aos pés do altar Zeus esta a esperar-me.
Os elfos já enfeitaram, com flores e laços a santa igreja...
Amor sinto no ar os perfumes das doces rosas.
Ouço no vento os sinos tocando...
Não esqueçam! As alianças anjos crianças,
Pois. Nas brisas ouço a voz do meu amado, ele esta me chamando...
Duendes peguem os cavalos, preparem a carruagem.

AlZEíDES A CAMINHO DA IGREJA...
Os cavalos voavam, nas asas dos pensamentos da noiva menina.

A NOIVA Alzeídes a ninfa das flores
Amor meu coração bate tão rápido neste momento...
Meu corpo se estremece...
Ao toque de um intenso sentimento.

AlZEíDES CHEGA A IGREJA
Abrem-se as portas...
Os convidados todos se voltam para a noiva,
Em murmúrios dizem!
Olhem! Olhem!
Vejam! Vejam!
A noiva de Zeus...
Alzeides a ninfa deusa.

A NOIVA Alzeídes a ninfa das flores
Oh! Amor de minha vida...alma de minha alma...
Lá esta o meu amado Zeus com quem ei de me casar!
Ele me espera tão amorosamente aos pés do altar.

O NOIVO Zeus o Deus das tempestades
Vem vindo Alzeides a minha amada noiva...
Ta linda! Vestida como os lírios brancos dos campos.
Meu peito pôr ela derrama-se de amor
Pois posso sentir o coração dela bater tão forte pôr mim...
Ouço a sua respiração ofegante pôr traz das pétalas de seus mantos.
.
Tão linda! És a minha noiva...
Minha cálida amada ninfa,
Estrela rainha,
Deusa flor.
Em nem uma parte do mundo meu amor...
Já houvera nascido uma rosa mais fresca e bela.
O quanto eu a amo! Meu coração para sempre será dela,
Elfos abram a gaiola pôr favor! Solte o encantado beijar flor...
Para que ele cante para alzeídes,
O canto eterno do amor...

A NOIVA Alzeídes a ninfa das flores
Meu amado!
o seu amor perfuma minha alma como um bálsamo...
Juro-te! Para sempre te amar.
Se eu nascer pôr mil vezes ou mais,
Juro-te! Sempre que contigo ei de me casar.

DUAS PÉTALAS PERFUMADAS DE LÁGRIMAS
Dos olhos de alzeídes se derramou...
Zeus a aliança no dedo de sua amada colocou:
Se uniram pára sempre num doce beijo eterno
Para sempre juntos unidos nos laços do amor.


Luísa Drumond

O MEU AMOR POR ZEUS



Ah! amor estou morrendo neste leito sem calor
minha alma vaga um canto....
saudades. suspiros e dor.


O meu amor pôr Zeus


Foi numa linda tarde de primavera...
onde me tornei flor, lá estava eu ,
escrevendo versos de amor.
eu sentia nos toques das brisas ....um suave calor
mas eu não sabia de onde vinha ....
mas eu podia sentir ele tocar a minha alma. era (Zeus)
os perfumes se derramavam,
pôr sobre as pétalas que brincavam ao vento.
tão felizes flutuavam, enchendo o mundo de cor
eu ali sentada escrevendo versos,
à brisa a espera do amor.
no entanto Zeus chegou ...
dizendo mil doces palavras. e o meu coração se apaixonou.
este amor foi um delírio fui rosa, margarida é lírio
passei dias escrevendo para Zeus.
noites ,tardes. manhãs.
todas palavras dentro de mim ele roubou.
eu o amei com todo o meu ser ....
mesmo prevendo que nunca , iria ter dele,
o mesmo sentimento o mesmo amor.
meu deus!!! quais foram os feitiços?
que este anjo me lançou?
pôr Zeus só sei sentir amor.... amor....
passo dias inteiros pensando nele,
mesmo que eu nunca tenha visto
tocado, beijado e sentindo.
ele me enlouquece, já nem sei quem mais eu sou!!!
em algumas tardes ele me quer...
em outras manda-me embora...
Zeus quer ir em busca de outros amores,
pela vida a fora...
isso é culpa do doido cupido,
e da doida fada dos desejos meus
que faço? para tirar você de dentro de mim ?
Zeus ,como tentar te esquecer?
se só penso em você.
todos os meus sonhos agoira são teus...
ele é um escritor ,um poeta que escreve,
lindos contos ,muitos parecidos comigo
mas ele diz que eles não são meus...
Ah! meu deus!!!
quem sou eu para compreender o amor de Zeus.
sabe melhor mesmo quando o amor
era apenas um perfume...
que perfumava os jardins dos céus....
pôr muito tempo o amor ficou guardado,
num grande frasco de cristal...
protegidos pôr guardiões celestiais....
mas um dia um guardião cujo o nome ( cupido )
desejou beber...
uma gota de tão doce fragrância..
lançou uma de suas flechas
no frasco que partiu em mil pedaços
E assim o amor se derramou...
em todas as partes do mundo
perfumando flores ,poetas , artistas , escritores.
inspirando-nos para escrever palavras .
que seduz até nós mesmos.
Ah! amor você deveria ter sempre a leveza,
das pétalas das flores que brincam ao vento....
pois sinto dor é amor ao mesmo tempo...
pois amo Zeus o poeta escritor de lindos contos
que não são meus....
Ah! AMOR .... Ah! DOR....eu sinto pôr amar Zeus....


Luisa Drumond.....

sonho de um querubim






sonho de um querubim



sonhei que estava contigo
a navegar no barco dos amores
Te vi ao longe vestida toda de branco
Nas tuas mãos trazia-me flores
tu parecia um anjo que vinha do céu iluminado
Tu veio a mim é me abraçou loucamente
me apertou contra teu seio perfumado
beijando-me nos lábios tão carinhosamente
embriaguei-me com teus beijos
senti um misto de amor paixão e desejo
deitei-te pôr sobres as flores
as flores que tu trazias nas tuas mãos
estavam agora no chão
confortando nossos corpos
nos dois umedecidos amorosamente em flor
debaixo do véu das estrelas
eu e tu fizemos amor

luisa drummond

a rosa do amor




A rosa do amor
Pétalas de rosa se espalham pelo chão ,elas dormem na relva fresca
Com teu perfume impregnado na seiva
Quero permanecer em teus sonhos em teus desejos
Permita-me pertencer a teu gozo teu corpo teu sexo
quero adormecer em teus braços
acordar do seu lado,
sentindo em ti a fragrância das manhãs
junto a ti perder a noção do tempo,
quero sentir estes teus lábios esta sua boca
bebendo todo este amor este meu desejo
devora-me com as chamas ardentes que vibra em teu coração
deita-se comigo no chão sobre as pétalas da rosas
unido nossos corpos nus na fresca relva
confundindo nossos pêlos nossas pernas
vens querido pois para ama-te foi que eu nasci
embriaga-se em mim sou tua de flor morena
sua rosa da paixão queimando em desejo
ama-me pois sou a ninfa de Vênus
descendente dos celtas
filha da natureza
sou a mística que passa
te beija com palavras a boca
sinta o meu toque
Sinta o meu prazer
Vens amor a mim agora
te quero
deixa-me beber o teu gozo
na luz profunda dum luar pagão
toma-me desejo pois meus seios agora estas nas tuas mãos

luisa drummond

sexta-feira, 11 de julho de 2008

DISTANCIA




Distancia


Á LIS
foram as lágrimas.
As lágrimas de saudades,
Dos amores de nossos antepassados,
Foram estes prantos derramados...
Que formou este imenso mar de sal...
Entre Brasil e Portugal...
Oh! distancia...
Tu fere-me na alma com um punhal.
Amor espera-me...
Pois não ei de tardar,
Já estou a adormecer
Estou indo!
Já sinto minha alma florescer.
Estou voando...no luar.
Voando para junto de ti...
Estou indo! Indo! Amor...
Nas asas do meu sonhar.
Oh! Amor meus pés já estas a pisar,
No campo do trigal.
Que doce fragrância estou a respirar
Já estou a sentir o perfume,
O perfume do Tejo o perfume de Portugal.
Oh!Lis afaga-me...
beija-me...
abraça-me...
Prenda-me em ti...
Lís não deixe-me partir...

Não quero despertar...
Amor faça-me ficar!
Prenda-me em teus braços
Lís quebre-as minhas asas de cristal,
Pois quero ficar em teus braços.
Envolta em teus braços Meu Príncipe,
Nos braços do Tejo...
Nos braços de Portugal.

Domingo, 21 de Outubro de 2007
poema luisa drummond

NASCE A PRIMAVERA





Nasce a primavera...



Em pensamentos levo-te,
Em meus braços!o semeio em meus jardins. Pois quero que tu beba os perfumes no despertar das flores.
Estas flores! Alvíssimas,puras serenas, Que as fadas tecem carinhosamente... pétala por pétala com as suas mão pequenas.
quero que tu ouça agora em minhas palavras a respiração suavíssima das flores.
Vem comigo amor me de tua mão vamos passear...
entre as moitas de jasmins,De entre os rosais perfumados.
Vamos caminhar apaixonada-mente ate que a noite orvalhada no céu se debruce, até que A flor adormeça no campo.
fica junto a mim ate que o sol se ponha
ate O último raio da luz E o último canto das aves.
Amor Não tema meus sentimentos por ti...
eu vim do seu coração Só para ver-te e beijar-te.
Abra junto comigo o misterioso livro do amor... para escrevemos nossos nomes lado a lado.
Deita-se comigo! dorme sobre o fresco pomar,das doces laranjeiras.
Respire comigo o mesmo ar ,os mesmo perfume debaixo do mesmo céu,
das mesma estrelas.
Não me deixe só... pois só contigo posso voar,sobre o leito da primavera.
Só contigo posso tornar-me um anjo, que feliz brinca no campo azul... a semear rosas.
Vem comigo abre a janela de tua alma deixe-me entrar.
Pois este amor nós tornara dois anjos alvos e pequeninos.
Amor eu só quero te contemplar de mais perto; só quero permanecer brilhando nesta primavera. Nós dois céus amorosos dos seus olhos divinos.
Amo-te
Se eu pudesse colocar todos os meus sentimento por ti...
dentro de uma garrafa
eu beberias tudo de uma só vez para nunca mais te perder.


texto luisa drummond














SUA FOTOGRAFIA AMOR



Tinha alguns dias que eu tinha completado 30 anos de vida, mas eu ainda não tinha crescido ainda sonhava todos os sonhos de uma menina
Vivia os dias tranqüilos, e com as noites de sonhos cor-de-rosa. Sonhava. Sonhava...
Pelo sonho, viajava em ilusões fantasiadas. Pela internet eu Navegava... A bordo das gaivotas, esvoaçava pelas transparências do azul Índico, em busca de alguém que me completasse. Aprendia a viver. Era feliz o coração! Sempre em busca das Pelas estrelas
De novos amores, vagueava! Sonhava com as ilhas das doces fragrâncias, perfumadas por árvores de mil cheiros. Embriagava-se de exóticos perfumes.
Pertenciam-lhe já os mistérios, as belezas, os perfumes, as cores...
Os labirintos Sonhava com as praias nuas e desertas de paixão
Até que um dia...Inesperadamente surgiu um outro coração.
Era meado de Setembro de 2007 dias de primavera no meu tropical país... Como de costume lá estava eu a frente do meu velho computador postando poemas de amor no meu diário virtual um cheiro de jasmim no ar passeava. Quando notei a linda imagem de um moço numa fotografia ao vê-lo através daquela foto senti uma estranha sensação de já tê-lo o visto....mas onde?? Só pode ter sido em meus sonhos
Foram os olhos mais lindos que já vi em toda a minha vida me faltou o ar meu corpo todo estremeceu...o mundo todo silenciou ao meu redor
Tudo parou apenas girava em torno de mim aquela fotografia o olhar daquele moço me invadiu na alma senti meu coração ser arrastado como um lírio nas correntezas do amor
Eu não sabia nada sobre ele... No entanto tinha a certeza que eu o amava de longa data,
Nunca saberei explicar ao certo o que se passava comigo durante os intermináveis segundos que fiquei ali parada olhando, hipnotizada por aquela foto
Eu fechei os meus olhos e puder ver o sorriso dele se materializar em minha mente sentir-me tomada de um cheiro quente e levemente adocicado
Oh! Ele tinha os olhos mais sensíveis que eu já conheci...
Aquele menino tinha estrelas cadentes pulsando no olhar
Eu precisava saber tudo sobre aquele moço da fotografia
Entrei em seu perfil que ainda a página estava em fase de construção
Apenas uma única foto ali postada a foto que levou meu coração e algumas linhas escritas...que contava um pouco dele vi que ele era de um lugar longínquo nas doces terras de Portugal... No alentejo.
Vi também que tínhamos algo em comum o mesmo nome...
Eu resolvi escrever para ele...Pois eu tinha que deixar uma mensagem a ele dizendo que ele tinha olhos lindos...do mundo.
Muito atencioso logo me respondeu agradecendo e deste dia adiante passamos a nos falar diariamente nos correspondendo pelo mensenger
Falamos de vida sonhos, amor, trabalhos, artes, poemas, dança, teatro desejos, magoas, dores saudades e família...
Foram os dias mais belos de minha vida ele me fazia rir o tempo todo ele é um grande menino arteiro que veio inesperadamente como um pássaro e Pousou em meus braços.
Amorosamente Aqueceu meu coração num suave calor
Beijou-me com as palavras que saiu daquela divina boca...
Acariciou-me com a felicidade.
Trouxe-me mil ramalhetes com flores de açucenas Falou-me de amor
Meu amado És tudo que de mais agradável perfume cheira. Rosa, jasmim, lírio e laranjeira.
Vivemos assim durante meses, quando ele vinha para mim era como se um raio de sol se desprendesse do céu iluminando meu mundo.
Mas como um perfume leve as brisas o roubaram de mim...
Nunca mais tive noticias...De meu menino dos olhos mais sensíveis que já conheci. Sem ele são ermos os caminhos,
Não há luar nem rosas; somente resta-me noites silenciosas, mas eu guardei o brilho dos olhos dele dentro dos meus poemas de amor...
Quando sinto saudades dele eu abro meu sol de primavera e sinto o cheiro dele...
O Amo tanto! E nunca o beijei. Ou o toquei.E nesse beijo, de Amor, que eu não dei
Guardo os olhos do meu amor nos versos mais lindos que fiz. Amo-te meu raio de sol aprisionado numa fotografia no meu coração.


TEXTO LUISA DRUMOND



31 de janeiro de






A ninfa



A ninfa



Eu sou sol de primavera
Sou haste dum casto lírio
Sou flor bela
Sou fio de ouro em mil divinos raios incendidos.
Sou a ninfa de Vênus...
Aquela que passa e te leva a alma
Os desejos e os sentidos
Sou doce brisa...
perfume...Leve...
De amor...sou gota suave
Sou borboleta cor-de-rosa sobre a neve estendida
Sou a princesa dos meus contos....
Sou flor-de-lis luisa drummond a poetisa.
Sou anjo criança mãos de jasmim
Sou a ninfa dos desejos de Vênus....
Deusa das flores
Tenho todos os meus amores cativos num meu jardim
Pois as assas de Eros nasceu para abraçar a mim...!


luisa drumond

quinta-feira, 10 de julho de 2008

A FLOR



A Flor...

A Flor-de-lis rara e divina.
Nos orvalho dos amores abriu em mim,
Com pétalas douradas flores de cetim
Dentro de minha alma se fez a florir
Derramando em perfumes envolventes
Me deras os encantos amores...
Que nunca vi...
Onde agora passo...sou luz a seduzir,
Não sei...como essa flor-de-lis tão rara e divina
Abriu assim!
Abriu assim!
Flor... Lírio de Lís em mim.

perfumando almas





Perfumado Almas



Tu tens asas de um pássaro ... Quando dança.
Tu és raio de sol quando acorda. Tens o cheiro da flor quando ri.
Ao seu lado, sentimos o equilíbrio de uma rede que dança em uma fragrância
no final do dia as brisas traz-me teu cheiro
Como queria se capaz de parar o relógio de tempo ...
para estar ao seu lado para sempre.
tu traz-me o doce afago seu colo quando me incetiva a ir adiante...
Ao seu lado sei que anjos existem e que nao são invisíveis.
tu tens o cheiro das estrelas que Deus iluminou o céu brilhando nas luzes da Terra.
tu me faz sentir o doce aroma do amor que é possível, naturalmente.
Ao te lado visito um lugar de alegria.
tu me faz Receber flores sob a forma de afeto.
Abraços uma das asas do anjo. Quando sinto em meus labios o sabor delicioso do toque de sua presença sopro de amor em meu coração
Ouvi sua voz no silêncio que canta. Estes pensamentos
sempre em mim a caminhar em um jardim.
Ao seu lado sinto que sensualidade é uma fragrância que vem de dentro e que a vontade que realmente não passam pelo corpo. Existem outras fontes. Pulsa em outro lugar. Dentro da alma
Obrigado amor quando juntos rimos
Oh! Um anjo de mim dançando rosto colado.
Você me fez rir, mesmo quando eu estou zangada você é um menino arteiro
Dis sempre que algumas almas são fragrância, porque acredito que os sentimentos também foram extraidos do cheiro e tocam todas as coisas com os seus dedos de energia.
Você já perfumaste muitas vidas com ela. A luz e cor. Eu fui uma delas.
o seu aroma e sabor, é tão delicado, que manteve em uma garrafa, em meu coração.
Eu nunca vou esquecer-me ... de ti
Do mais doce aroma que já se senti,em meu viver
Você é um raro perfume que em uma determinada época,
Se vestiu de anjo, para fala-me de amor.
Te amo
texto luisa drummond



Toca-me


toca-me bem devagar amor
Despe-me o casto véu
perfuma meu corpo com pétalas de rosas
banha-me com as águas de cheiro do pálido luar
Lança-me as alturas leva-me aos céus
Beija-me com o beijos da sua boca
afaga-me entre as minha coxas
toca-me profundamente com teus dedos
delicia-me com teus carnudos lábios
lambe-me os meus seios nus
são eles tão perfeitos para ti
palpitantes, mornos, perfumados
ama-me amor
enfeita-me os cabelos com cravos vermelhos
me toma a qual um cálice divino
sussurra em meu ouvido que sou a flor que tu gostas mais!
Me prende amorosamente entre tuas pernas
Mata-me esta sede este desejo que me devora
dai-me o teu prazer
beba em mim a natureza da flor
do mel do néctar do amor

luisa drummond







noite de amor



semi aberta estava a janela. As estrelas
brincava no firmamento
onde o vento flutuava na luz da crepitante vela, que clareava-me semi nua e orgíaca...chamas de meus desejos ardentes pôr ti..
tu com de costume adentrou a madrugada me pegou pela mão me levou para o seu quarto empurrou a porta...fechou as cortinas...no ar predominava o cheiro do incenso de mira
deitou-me amorosamente sobre a sua cama, e foi beijando-me pôr inteiro..,
foi tirando minhas roupas. deixando desnudos os meus seios
é foi cobrindo a minha nudez com uma chuva de pétalas de rosas gotejastes de essências extraídas de flores
eu extasiada de desejos sentia teu toque a tua presença cheia de graça e luz perfumando a noite dos sonhos meus...
Jamais ei de esquecer estas cenas divinas...
Fecho os meus olhos e ainda sinto os vários sentimentos pôr ti derramando..
dentro de mim uma mistura perfeita de amor paixão sonhos desejos tesão
tu me leva a tona em um mar de desejos...
é tão bom sentir este amor esta chamas este fogo isso.
Agoira tua boca macia beijava minhas pernas meu ventre ate ousadamente deslizar teus lábios suave e quente pôr sobre a minha flor acariciando-me com sua língua em movimentos suaves... até provar em seus lábios o néctar do meu amor...meu corpo neste momento foi tomado pôr um profundo prazer senti toda a terra estremecer...pois tu me consumia
a qual um colibri sedento pelo mel de uma flor
agoira eu sentia o teu corpo bailando sobre mim em movimentos intensos do tango do amor
entravamos juntos em orbita flutuávamos na lua tu era meu eu inteiramente sua.
nossos corpos se encaixavam perfeitamente um ao outro
éramos agoira um só... pois o sexo nos unia nosso gozo... se derramava em sublime prazer
nossos corpo suados nossa respiração ofegante
estávamos agoira completos extasiados de prazer
um sono suave ia nos envolvendo
nos braços um do outro acabamos de amores adormecendo.

luisa drumond








MINHA ALMA




MINHA ALMA

Amado


A minha alma...
Tens na face a beleza duma viçosa rosa
E os perfumes dum casto jardim
Onde vives as artes e as poesias num beijo perfumado de lis
Em minha alma florescem açucenas desejos e jasmins
Amado
A minha alma tens a melancolia harmoniosa
Dum verso de amor...
Em minha alma tu encontraras um perfume que traz...
Ora um suave frescor
Ora um suave calor
Amado minha alma es pura...frágil...delicada
Em vives em mim a alma duma flor...
POEMA LUISA DRUMMOND

FALO DE TI



Falo de ti


A um anjo


Falo de ti amor... apaixonadamente
Falo de um raio sol...
de uma estrela cadente
Que um dia vi brincar no teu olhar,
Falo das esverdeadas chamas que desdobra a faiscar,
luzindo como duas fadas vestidas de esmeraldas a bailar
Falo dos teus claros olhos que me aprisionaste neste intenso amar
falo de ti meu desejo além do mar
falo de ti meu anjo de doce beijo ao romântico luar
falo de ti amor em forma de flores perfumadas
depois das noites consteladas
falo de ti...
falo das pétalas de chuvas de esmeraldas...
Que tens o teu meigo olhar
falo de ti amor dentro do meu peito a bailar
escrevo para ti amor nesta solitária madrugada
falo de ti amor com a minha alma apaixonada.


Poema Luisa drummond

BRISA DE AMOR





BRISA DE AMOR


de onde vens ?Tu Suave brisa que acaricia agoira os meus sentidos , ao prazer dum carinho.
É inicio do outono, as folhas caem, ainda verdes com mesma suavidade das curvas de um bailarino em que a juventude faz morada lhe traz o prazer em viver, a bailar
dança a musica és o seu sentido de respirar amar viver o ritmo da dança pulsando ardentemente em sua veias lançando toda a sua sensualidade a flor da pele. Nada como roubar um beijo, um suspiro um riso, até uma lágrima, vale de ti roubar, quando tu vens no meio da madrugada e leva daqui, qualquer tristeza, traz alegria para o peito meu.
um raio de sol Bate a janela de meu quarto com uma luz muito bela...observo o meu jardim que ainda mesmo no outono se veste de rosa, azul como o céu,
Na janela vislumbro a paisagem, onde vejo a sua imagem projetada pela minha imaginação que vens a invadir-me de amor,,,, um raio de luz na janela adentrou, em pleno outono tocou me no coração...fecho os meus olhos e posso tocar sua mão
este simples toque faz nascer em minha alma uma linda rosa
uma surpresa que a Vida me trouxe, minha admiração pôr ti és tamanha, tu vives em meus pensamentos.
Em uma noite eu dormia mas o meu coração estava acordado brisa tocou-me morna e, envolvente,
na mesa tinha um vaso de flor que o vento as flores derrubou então abaixe-me para pegar as pétalas que estavam espalhadas pelo chão e ao tocar, nas pétalas
um susto!!! Uma outra mão, na minha , tocou me
me virei de pressa e olhei para traz e vi os olhos mais lindos que ja vi em toda minha vida era os olhos de meu amor senti meu peito, bater mais forte e me roubou a fala.
Não dava para acreditar, eu queria abraça-lo mas eu estava imóvel a emoção de estar contigo era tanta que me paralisou pôr alguns minutos
olho no olho, não deu para evitar, o silêncio permanece, mas era o homem mais atraente que já vi...Tu estavas ali ao meu lado recolhendo do chão as flores...volta a se abaixa e tomar aquela flor para si, não bem para si, pois volta a me oferecer, no simples gesto onde palavras não eram necessárias, ,
derrepente tu me puxa para os seu braços e encosta a sua boca na minha arranca de mim um beijo profundo...envolta em teus braços
deixo-me render pôr suas caricias...uma musica suave começa a tocar...tu me conduz no ritmo da dança...
Eu usava um vestido em tom de azul O tecido não era de boa qualidade, embora fosse bonito, que não era tão cumprido, um tanto acima dos joelhos,
E tu não resistiu ao toque, no tecido sente a sua textura, mas sem deixar de esbarrar na pele suave, eu sentia uma invasão de sensações
a sua boca apertou ainda mais os lábios entre os seus dentes e quase que num alívio, libera levemente meus lábios desta tortura.... deliciosamente...deliciosa
senti a respiração descontrolar....... meu peito querendo explodir.... e as chamas que pareciam subir pôr tua pele, pôr todo o nosso corpo, a subir sua mão desliza suave macia pelo meu corpo
Foi no impulso ousa tocar....... em meu umbigo......sinto percorrer em mim um arrepio...tu não para continua a toca-me...começa então a beijar-me todo meu corpo
percorre os caminhos até o topo, onde se depara com meus seios volumosos mas não ousa tocá-los, não sei se pôr medo ou pôr respeito, não dá para saber, o mínimo que em pensar que porque? percorrera tão longa distância e esta deixaria o mesmo e sem tocar?
T u volta a abraçar-me sinto teus lábios que ficam novamente bem próximos dos meus mas os olhares vacilam em cada detalhe, e parece forte a atração do momento, que quando menos se espera, os olhos se fecham, e nossos lábios se selam, mas uma vez tu invade o santuário de minha boca com sua língua, não tento me defender a esta invasão, mergulho no seu beijo, minhas mãos viajam no teu pescoço, e também pelo teu peito tu abraça-me com mais intensidade sinto sua pele mais aquecida...formos deixando os desejos nos dominar da dança fomos caindo ao solo pôr sobre as pétalas da flores nada de formalismo nesta hora.
tu conhecia bem o mapa de meu corpo, sendo assim, tu se entregou às sensações que lhe proporcionavam enorme satisfação, o perfume que no ar exalava era ainda mais envolvente, relaxaste, Teu corpo começava suar bastante, e neste ritmo gostoso, de prazer, saboreando o momento,
estávamos entre as nuvens dos desejos realizados, tu não conseguiu segurar teu grito, assim gemeu sem receio, não haviam palavras compreensíveis, mas o prazer era claro.
então desperto do sono profundo de sensações indescritíveis do mais alto prazer, que me deixava tonta, dificilmente dava para acreditar que não fosse sonho, mas se fosse sonho, não queria despertar, mas se fosse real, seria muito mais do que inesquecível, seria o paraíso na terra, não era preciso ir muito longe para obter tamanha satisfação, felicidade, talvez o segredo fosse deixar sempre uma Janela aberta para a Vida me Surpreender.
apesar de minha tristeza, em ver aquele maravilhoso ser, voar em meus sonhos graciosamente pôr minha janela, ganhando distância, no céu já quase escuro, vai ver que foi isso, o seu tempo tivesse acabado, mas em mim ainda sentia aquele perfume majestoso, do amor
E em meu diário, esta escrito com tinta de ouro, esta história, isto para me ajudar a não esquecer os detalhes, lembrar-me bem das ultimas palavras escritas neste diário, "Como acreditar que tudo não passou de um sonho? Se meu corpo ainda treme em só pensar em tudo que se passou? Como Duvidar da Felicidade? Como Não acreditar no Impossível? Como não Amar quem me fez Feliz como Ninguém jamais o fez assim? Pôr que esquecer aquele que apenas seu nome conheço? Como não esperar um dia escutar a sua voz? Como não se derreter com o seu olhar? Eu ainda espero pôr ti meu Amado, em cada entardecer! Muitos Outonos eu esperei! Guardei como lembrança aquela folha, que está ainda mais verde como a minha esperança em nosso encontro! Mas pôr ninguém mais eu esperei em minha cama! a não ser você Durmo só, pensando em ti cada dia de minha vida! Se Valera a Pena? Ainda não sei responder nesta página, mas sempre acreditei que vale sempre a pena esperar pôr alguém verdadeiramente especial...você


LUISA DRUMMOND




Sonho

Sonho que tu estás à porta... do meu quarto– abro-te os braços! – quase morta, Quase morta de amor e de ansiedade...
Tu vieste sobre as asas trêmulas dum anjo: Enfim tu ouviste a minhas preces de amor e saudade
Sinto o perfume subtil de teu corpo. Bate em minha face a luz celeste dos teus olhos divinos
Minha alma se derrama de amor clarão e melodia, Abraço-te, aparto-te amor ardente
Te cubro com os beijos presos na minha boca, Mergulho em teus lábios com toda a minha sede louca,
Toda a sede infinita deste amor que me devora,
- Beijos, paixão alma, corpo desejos. gemidos prazer anseios,
Rios de sensações Transbordam pôr meu corpo afora!..
Chega-te a mim! entra no meu corpo minha alma entrega-se a tua pele cheirando a flor
Aperta-me contra o teu peito penetra-me e Impregna com teu gozo .a cada toque teu um estremecer
bebe-me prova-me me toma em teu braços sem limites sem pudor
peca comigo o doce pecado
ensina-me a amar o Amor,
delírios êxtase prazer. doidamente beijo-te sua nunca Lambendo-te o pescoço. Sinto o mais suave gosto .Da sua pele alva e docemente perfumada
Este cheiro teu
Este gosto teu
Que também me pertence agora
AMO-TE
LUISA DRUMMOND

Désire

Desejo

Uma rosa ao amor





LUISA N DRUMMOND





A

Le désir qui brûle mon âme maintenant Qu'est-ce qu'un rayon de soleil pénètre dans la fleur ouverte



Ao desejo que queima minha alma agora
A qual um raio de sol penetrando em flor aberta







PROLÓGO
Neste belo e sensual dia resolvi mudar
naveguei pela luz dos seus olhos, Libertei os contos de fadas de minha alma.
Desejo seus lábios Seus beijos ...vens Agarra-me os cabelos....
Pois amor é também vulgar Desejo ,desejo, desejo
Toca-me onde sua mão deseja me afagar.
Perca-se em minha pele arranca de mim mil suspiros
pois no ar que eu respiro eu sinto prazer
Eu sinto teu cheiro, teu gosto, tua boca sinto você
Devora-me deseja-me
Espero você...Você
Désire... Désire...Désire
Sinta em ti este perfume.
O que queima-me a minha alma agora
Amo-te
Luisa drumond

Désire

o dançarino de evora


O dançarino de Évora




A chuva cessou. Como uma lágrima de prazer, o orvalho derrama-se sobre o tímido desabrochar das flores.
Oh! Vila Viçosa suas Chuvas são como gotas das rosas dos amores derramando-se Nas noites dos meus sonhos,em ti vejo campos belos e floridos onde ate os pássaros cantam mais divinamente absorvendo o doce o perfume das flores do Alentejo no amanhecer.
Cai na terra as ultima gotas de chuva O vento empurra as pesadas e negras nuvens para outras terras abençoar. Restam apenas as poças de água, reflectindo o céu num doce tom azul...As Libélulas das asas transparentes em seus voos leves pelo ar.
A luz solar risca no céu as sete cores de um colorido arco de íris... Debaixo destas cores as fadas dançam e cantavam em uma linguagem mágica do amor .
Quando surge ele o dançarino de Évora simplesmente belo quanto um raio de luz
Numa noite escura...
A sua doce aparição penetrou por todos os meus sentidos...eu amei com toda a força do meu coração...
Tão lindamente ele dança se vira e olha para mim, de seus lindos lábios ouço o murmúrio das mais belas palavras de amor. Que em toda a minha existência eu jamais ouvi...ele se aproxima... Sinto um arrepio percorrer o meu corpo.
Ele amorosamente toca-me na minha mão convida-me a entrar na dança e neste momento arranca de mim a minha alma... Me arrasta para dentro dele... Não mais me pertenço... Agora sou inteiramente do dançarino... Pois o coração dele é agora o meu abrigo.
Impregnada do cheiro dele em mim derramo uma lágrima perfumada com essências de jasmins. Ele vem seca a lágrima com um beijo e me faz rir semeai-me entre as rosas aprisiona-me em teus jardins mas faz sua cativa flor-de-lis.
O dançarino colhe uma flor só para depositá-la por trás de minha orelha coroa-me de amor... Chama-me de princesa... Sorri e diz que sou flor bela Mãe-Natureza
Envolveu-me nos braços dele é abraçou-me fortemente com as asas de Eros dominou os meus sentidos explorou o meu prazer. Me digas dançarino como eu poderia? Não amar-te
E no findar do dia Como uma leve brisa, ele se vai e junto a ele leva-me alma.
Não posso vê-lo mas posso senti-lo dentro de mim...
Abençoada sejas a chuva, que faz crescer a minha esperança em verdes pastos. Que ele há-de vir em um amanhã inesperado e inexplicável. Pensando nele eu adormeço
Passa-se o tempo não sei dizer se foram dias... Anos ou séculos pois a saudade me entorpeceu...
Numa nova manha vem um pássaro pousa em minha janela, despertando-me com um lindo canto no ar.
Levanto-me olho para o jardim e vejo o meu amado amor...
O belo dançarino de Évora em suas vestes místicas, ele dança com pés descalços em meio O perfume da grama que exala sensualidade em um ar húmido e purificador. Ele, dança para mim o tango sagrado do amor o seu corpo tens os movimentos sensuais e leves....
Meu coração bate forte...
Imensa alegria me invade, minha alma refloresce a Dança à música mais uma vez me envolve, uma chuva perfumada do céu começa a cair
Eu corro para ele... Ele me abraça O bailado é pausado por uma corrida repentina ao meio das árvores molhadas pelo orvalho gotejante em cantos melodiosos por risos e sorrisos. Mas junto a ele o dia passa tão rápido...
Quando vens o entardecer...mais uma vez o dançarino se vai... Deixando-me uma rosa do Tejo para enfeitar os meus cabelos e nesta rosa tas o sabor dum doce beijo..
Pensando nele mais uma vez eu adormeço... sonhando...sorrindo chorando amando-o regando a minha insistente espera
No entanto só os deuses sabem onde estas o dançarino de Évora.
texto luisa drumond
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008









quarta-feira, 23 de abril de 2008

LIVRO DE SÓROR SAUDADE Florbela Espanca








LIVRO DE SÓROR SAUDADE
1923
Florbela Espanca


Irmã; Sóror Saudade, ah! se eu pudesse
Tocar de aspiração a nossa vida,
Fazer do mundo a Terra Prometida
Que ainda em sonho às vezes me aparece!
Américo Durão



II n'a pas à se plaindre celui qui attend
Un sentiment plus ardent et plus généreux.
II n'a pas à se plaindre celui qui attend
Le désir d'un peu plus de bonbeur, d'un
Peu plus de beauté, d'un peu plus de justice.
Maeterlinck
La Sagesse et a Destinée



"SÓROR SAUDADE"
A Américo Durão
Irmã, Sóror Saudade me chamaste...
E na minh'alma o nome iluminou-se
Como um vitral ao sol, como se fosse
A luz do próprio sonho que sonhaste.
Numa tarde de Outono o murmuraste,
Toda a mágoa do Outono ele me trouxe,
Jamais me hão de chamar outro mais doce.
Com ele bem mais triste me tornaste..
.
E baixinho, na alma da minh'alma,
Como bênção de sol que afaga e acalma,
Nas horas más de febre e de ansiedade,
Como se fossem pétalas caindo
Digo as palavras desse nome lindo
Que tu me deste: "Irmã, Sóror Saudade...


"
O NOSSO LIVRO
A A.G.
Livro do meu amor, do teu amor,
Livro do nosso amor, do nosso peito...
Abre-lhe as folhas devagar, com jeito,
Como se fossem pétalas de flor.
Olha que eu outro já não sei compor
Mais santamente triste, mais perfeito
Não esfolhes os lírios com que é feito
Que outros não tenho em meu jardim de dor!
Livro de mais ninguém! Só meu! Só teu!
Num sorriso tu dizes e digo eu:
Versos só nossos mas que lindos sois!
Ah, meu Amor! Mas quanta, quanta gente
Dirá, fechando o livro docemente:
"Versos só nossos, só de nós os dois!...


"
O QUE TU ÉS...
És Aquela que tudo te entristece
Irrita e amargura, tudo humilha;
Aquela a quem a Mágoa chamou filha;
A que aos homens e a Deus nada merece.
Aquela que o sol claro entenebrece
A que nem sabe a estrada que ora trilha,
Que nem um lindo amor de maravilha
Sequer deslumbra, e ilumina e aquece!
Mar-Morto sem marés nem ondas largas,
A rastejar no chão como as mendigas,
Todo feito de lágrimas amargas!
És ano que não teve Primavera...
Ah! Não seres como as outras raparigas
Ó Princesa Encantada da Quimera!...




FANATISMO
Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida.
Meus olhos andam cegos de te ver.
Não és sequer razão do meu viver
Pois que tu és já toda a minha vida!
Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No mist'rioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!...
"Tudo no mundo é frágil, tudo passa...
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!
E, olhos postos em ti, digo de rastros:
"Ah! podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e fim!...


"
ALENTEJANO
À Buja
Deu agora meio-dia; o sol é quente
Beijando a urze triste dos outeiros.
Nas ravinas do monte andam ceifeiros,
Na faina, alegres, desde o sol nascente.
Cantam as raparigas meigamente.
Brilham os olhos negros, feiticeiros.
E há perfis delicados e trigueiros
Entre as altas espigas d'oiro ardente.
A terra prende aos dedos sensuais
A cabeleira loira dos trigais
Sob a bênção dulcíssima dos céus.
Há gritos arrastados de cantigas...
E eu sou uma daquelas raparigas...
E tu passas e dizes: "Salve-os Deus!"



QUE IMPORTA?....
Eu era a desdenhosa, a indif'rente.
Nunca sentira em mim o coração
Bater em violências de paixão
Como bate no peito à outra gente.
Agora, olhas-me tu altivamente,
Sem sombra de Desejo ou de emoção,
Enquanto a asa loira da ilusão
Dentro em mim se desdobra a um sol nascente.
Minh'alma, a pedra, transformou-se em fonte;
Como nascida em carinhoso monte
Toda ela é riso, e é frescura, e graça!
Nela refresca a boca um só instante...
Que importa?... Se o cansado viandante
Bebe em todas as fontes... quando passa?...



FUMO
Longe de ti são ermos os caminhos,
Longe de ti não há luar nem rosas;
Longe de ti há noites silenciosas,
Há dias sem calor, beirais sem ninhos!
Meus olhos são dois velhos pobrezinhos
Perdidos pelas noites invernosas...
Abertos, sonham mãos cariciosas,
Tuas mãos doces plenas de carinhos!
Os dias são Outonos: choram... choram...
Há crisântemos roxos que descoram...
Há murmúrios dolentes de segredos...
Invoco o nosso sonho! Estendo os braços!
E ele é, ó meu amor pelos espaços,
Fumo leve que foge entre os meus dedos...



O MEU ORGULHO
Lembro-me o que fui dantes. Quem me dera
Não me lembrar! Em tardes dolorosas
Lembro-me que fui a Primavera
Que em muros velhos faz nascer as rosas!
As minhas mãos outrora carinhosas
Pairavam como pombas... Quem soubera
Porque tudo passou e foi quimera,
E porque os muros velhos não dão rosas!
O que eu mais amo é que mais me esquece...
E eu sonho: "Quem olvida não merece...
E já não fico tão abandonada!
Sinto que valho mais, mais pobrezinha:
Que também é orgulho ser sozinha,
E também é nobreza não ter nada!



OS VERSOS QUE TE FIZ
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem pra te dizer!
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.
Têm dolências de veludos caros,
São como sedas brancas a arder...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer!
Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz!
Amo-te tanto! E nunca te beijei...
E, nesse beijo, Amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz!

FRIEZA
Os teus olhos são frios como as espadas,
E claros como os trágicos punhais,
Têm brilhos cortantes de metais
E fulgores de lâminas geladas.
Vejo neles imagens retratadas
De abandonos cruéis e desleais,
Fantásticos desejos irreais,
E todo o oiro e o sol das madrugadas!
Mas não te invejo, Amor, essa indif'rença,
Que viver neste mundo sem amar
É pior que ser cego de nascença!
Tu invejas a dor que vive em mim!
E quanta vez dirás a soluçar:
"Ah, quem me dera, Irmã, amar assim!...



MEU MAL
A meu irmão
Eu tenho lido em mim, sei-me de cor,
Eu sei o nome ao meu estranho mal:
Eu sei que fui a renda dum vitral,
Que fui cipreste, caravela, dor!
Fui tudo que no mundo há de maior:
Fui cisne, e lírio, e águia, e catedral!
E fui, talvez, um verso de Nerval,
Ou. um cínico riso de Chamfort...
Fui a heráldica flor de agrestes cardos,
Deram as minhas mãos aroma aos nardos...
Deu cor ao eloendro a minha boca...
Ah! de Boabdil fui lágrima na Espanha!
E foi de lá que eu trouxe esta ânsia estranha,
Mágoa não sei de quê! Saudade louca!



A NOITE DESCE...
Como pálpebras roxas que tombassem
Sobre uns olhos cansados, carinhosas,
A noite desce... Ah! doces mãos piedosas
Que os meus olhos tristíssimos fechassem!
Assim mãos de bondade me beijassem!
Assim me adormecessem! Caridosas
Em braçados de lírios, de mimosas,
No crepúsculo que desce me enterrassem!
A noite em sombra e fumo se desfaz...
Perfume de baunilha ou de lilás,
A noite põe embriagada, louca!
E a noite vai descendo, sempre calma...
Meu doce Amor tu beijas a minh'alma
Beijando nesta hora a minha boca!

CARAVELAS
Cheguei a meio da vida já cansada
De tanto caminhar! Já me perdi!
Dum estranho país que nunca vi
Sou neste mundo imenso a exilada.
Tanto tenho aprendido e não sei nada.
E as torres de marfim que construí
Em trágica loucura as destruí
Por minhas próprias mãos de malfadada!
Se eu sempre fui assim este Mar-Morto,
Mar sem marés, sem vagas e sem porto
Onde velas de sonhos se rasgaram.
Caravelas doiradas a bailar...
Ai, quem me dera as que eu deitei ao Mar!
As que eu lancei à vida, e não voltaram!...



INCONSTÂNCIA
Procurei o amor que me mentiu.
Pedi à Vida mais do que ela dava.
Eterna sonhadora edificava
Meu castelo de luz que me caiu!
Tanto clarão nas trevas refulgiu,
E tanto beijo a boca me queimava!
E era o sol que os longes deslumbrava
Igual a tanto sol que me fugiu!
Passei a vida a amar e a esquecer...
Um sol a apagar-se e outro a acender
Nas brumas dos atalhos por onde ando...
E este amor que assim me vai fugindo
É igual a outro amor que vai surgindo,
Que há de partir também... nem eu sei quando...


O NOSSO MUNDO
Eu bebo a Vida, a Vida, a longos tragos
Como um divino vinho de Falerno!
Poisando em ti o meu amor eterno
Como poisam as folhas sobre os lagos...
Os meus sonhos agora são mais vagos...
O teu olhar em mim, hoje, é mais terno...
E a Vida já não é o rubro inferno
Todo fantasmas tristes e pressagos!
A vida, meu Amor, quer vivê-la!
Na mesma taça erguida em tuas mãos,
Bocas unidas hemos de bebê-la!
Que importa o mundo e as ilusões defuntas?...
Que importa o mundo e seus orgulhos vãos?...
O mundo, Amor?... As nossas bocas juntas!...




PRINCE CHARMANT
A Raul Proença
No lânguido esmaecer das amorosas
Tardes que morrem voluptuosamente
Procurei-O no meio de toda a gente.
Procurei-O em horas silenciosas
Das noites da minh'alma tenebrosas!
Boca sangrando beijos, flor que sente...
Olhos postos num sonho, humildemente...
Mãos cheias de violetas e de rosas...
E nunca O encontrei!... Prince Charmant
Como audaz cavaleiro em velhas lendas
Virá, talvez, nas névoas da manhã!
Ah! Toda a nossa vida anda a quimera
Tecendo em frágeis dedos frágeis rendas...
- Nunca se encontra Aquele que se espera!...

ANOITECER
A luz desmaia num fulgor d'aurora,
Diz-nos adeus religiosamente...
E eu, que não creio em nada, sou mais crente
Do que em menina, um dia, o fui... outrora...
Não sei o que em mim ri, o que em mim chora
Tenho bênçãos d'amor pra toda a gente!
Como eu sou pequenina e tão dolente
No amargo infinito desta hora!
Horas tristes que são o meu rosário...
Ó minha cruz de tão pesado lenho!
Meu áspero e intérmino Calvário!
E a esta hora tudo em mim revive:
Saudades de saudades que não tenho...
Sonhos que são os sonhos dos que eu tive...

ESFINGE
Sou filha da charneca erma e selvagem.
Os giestais, por entre os rosmaninhos,
Abrindo os olhos d'oiro, p'los caminhos,
Desta minh'alma ardente são a imagem.
Embalo em mim um sonho vão, miragem:
Que tu e eu, em beijos e carinhos,
Eu a Charneca e tu o Sol, sozinhos,
Fôssemos um pedaço de paisagem!
E à noite, à hora doce da ansiedade
Ouviria da boca do luar
O De Profundis triste da saudade...
E à tua espera, enquanto o mundo dorme,
Ficaria, olhos quietos, a cismar...
Esfinge olhando a planície enorme...




TARDE DEMAIS...
Quando chegaste enfim, para te ver
Abriu-se a noite em mágico luar;
E pra o som de teus passos conhecer
Pôs-se o silêncio, em volta, a escutar...
Chegaste enfim! Milagre de endoidar!
Viu-se nessa hora o que não pode ser:
Em plena noite, a noite iluminar;
E as pedras do caminho florescer!
Beijando a areia d'oiro dos desertos
Procura-te em vão! Braços abertos,
Pés nus, olhos a rir, a boca em flor!
E há cem anos que eu fui nova e linda!...
E a minha boca morta grita ainda:
"Por que chegaste tarde, Ó meu Amor?!..."

NOTURNO
Amor! Anda o luar todo bondade,
Beijando a terra, a desfazer-se em luz...
Amor! São os pés brancos de Jesus
Que andam pisando as ruas da cidade!
E eu ponho-me a pensar... Quanta saudade
Das ilusões e risos que em ti pus!
Traçaste em mim os braços duma cruz,
Neles pregaste a minha mocidade!
Minh'alma, que eu te dei, cheia de mágoas,
E nesta noite o nenúfar dum lago
'Stendendo as asas brancas sobre as águas!
Poisa as mãos nos meus olhos com carinho,
Fecha-os num beijo dolorido e vago...
E deixa-me chorar devagarinho...



CINZENTO
Poeiras de crepúsculos cinzentos,
Lindas rendas velhinhas, em pedaços,
Prendem-se aos meus cabelos, aos meus braços
Como brancos fantasmas, sonolentos...
Monges soturnos deslizando lentos,
Devagarinho, em mist'riosos passos...
Perde-se a luz em lânguidos cansaços...
Ergue-se a minha cruz dos desalentos!
Poeiras de crepúsculos tristonhos,
Lembram-me o fumo leve dos meus sonhos,
A névoa das saudades que deixaste!
Hora em que o teu olhar me deslumbrou...
Hora em que a tua boca me beijou...
Hora em que fumo e névoa te tornaste...



MARIA DAS QUIMERAS
Maria das Quimeras me chamou
Alguém.. Pelos castelos que eu ergui
P'las flores d'oiro e azul que a sol teci
Numa tela de sonho que estalou.
Maria das Quimeras me ficou;
Com elas na minh'alma adormeci.
Mas, quando despertei, nem uma vi
Que da minh'alma, Alguém, tudo levou!
Maria das Quimeras, que fim deste
Às flores d'oiro e azul que a sol bordaste,
Aos sonhos tresloucados que fizeste?
Pelo mundo, na vida, o que é que esperas?...
Aonde estão os beijos que sonhaste,
Maria das Quimeras, sem quimeras?...



SAUDADES
Saudades! Sim.. talvez.. e por que não?...
Se o sonho foi tão alto e forte
Que pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!
Esquecer! Para quê?... Ah, como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como o pão.
Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar
Mais decididamente me lembrar de ti!
E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais saudade andasse presa a mim!



O QUE ALGUÉM DISSE
"Refugia-te na Arte" diz-me Alguém
"Eleva-te num vôo espiritual,
Esquece o teu amor, ri do teu mal,
Olhando-te a ti própria com desdém.
Só é grande e perfeito o que nos vem
Do que em nós é Divino e imortal!
Cega de luz e tonta de ideal
Busca em ti a Verdade e em mais ninguém!"
No poente doirado como a chama
Estas palavras morrem... E n'Aquele
Que é triste, como eu, fico a pensar...
O poente tem alma: sente e ama!
E, porque o sol é cor dos olhos d'Ele,
Eu fico olhando o sol, a soluçar...



RUÍNAS
Se é sempre Outono o rir das Primaveras,
Castelos, um a um, deixa-os cair...
Que a vida é um constante derruir
De palácios do Reino das Quimeras!
E deixa sobre as ruínas crescer heras
Deixa-as beijar as pedras e florir!
Que a vida é um contínuo destruir
De palácios do Reino das Quimeras!
Deixa tombar meus rútilos castelos!
Tenho ainda mais sonhos para erguê-los
Mais alto do que as águias pelo ar!
Sonhos que tombam! Derrocada louca!
São como os beijos duma linda boca!
Sonhos!... Deixa-os tombar... Deixa-os tombar.



CREPÚSCULO
Teus olhos, borboletas de oiro, ardentes
Batendo as asas leves, irisadas,
Poisam nos meus, suaves e cansadas
Como em dois lírios roxos e dolentes...
E os lírios fecham... Meu Amor, não sentes?
Minha boca tem rosas desmaiadas,
E as minhas pobres mãos são maceradas
Como vagas saudades de doentes...
O Silencio abre as mãos... entorna rosas...
Andam no ar carícias vaporosas
Como pálidas sedas, arrastando...
E a tua boca rubra ao pé da minha
É na suavidade da tardinha
Um coração ardente palpitando...




ÓDIO?
A Aurora Aboim
Ódio por Ele? Não... Se o amei tanto,
Se tanto bem lhe quis no meu passado,
Se o encontrei depois de o ter sonhado,
Se à vida assim roubei todo o encanto,
Que importa se mentiu? E se hoje o pranto
Turva o meu triste olhar, marmorizado,
Olhar de monja, trágico, gelado
Com um soturno e enorme Campo Santo!
Nunca mais o amar já é bastante!
Quero senti-lo doutra, bem distante,
Como se fora meu, calma e serena!
Ódio seria em mim saudade infinda,
Mágoa de o ter perdido, amor ainda!
Ódio por Ele? Não... não vale a pena...



RENÚNCIA
A minha mocidade há muito pus
No tranqüilo convento da tristeza;
Lá passa dias, noites, sempre presa,
Olhos fechados, magras mãos em cruz...
Lá fora, a Noite, Satanás, seduz!
Desdobra-se em requintes de Beleza...
E como um beijo ardente a Natureza...
A minha cela é como um rio de luz...
Fecha os teus olhos bem! Não vejas nada!
Empalidece mais! E, resignada,
Prende os teus braços a uma cruz maior!
Gela ainda a mortalha que te encerra!
Enche a boca de cinzas e de terra
Ó minha mocidade toda em flor!




A VIDA
É vão o amor, o ódio, ou o desdém;
Inútil o desejo e o sentimento...
Lançar um grande amor aos pés d'alguém
O mesmo é que lançar flores ao vento!
Todos somos no mundo "Pedro Sem",
Uma alegria é feita dum tormento,
Um riso é sempre o eco dum lamento,
Sabe-se lá um beijo donde vem!
A mais nobre ilusão morre... desfaz-se...
Uma saudade morta em nós renasce
Que no mesmo momento é já perdida...
Amar-te a vida inteira eu não podia...
A gente esquece sempre o bem dum dia.
Que queres, ó meu Amor, se é isto a Vida!...



HORAS RUBRAS
Horas profundas, lentas e caladas
Feitas de beijos rubros e ardentes,
De noites de volúpia, noites quentes
Onde há risos de virgens desmaiadas...
Oiço olaias em flor às gargalhadas...
Tombam astros em fogo, astros dementes,
E do luar os beijos languescentes
São pedaços de prata p'las estradas...
Os meus lábios são brancos como lagos...
Os meus braços são leves como afagos,
Vestiu-os o luar de sedas puras...
Sou chama e neve e branca e mist'riosa...
E sou, talvez, na noite voluptuosa,
Ó meu Poeta, o beijo que procuras!



SUAVIDADE
Poisa a tua cabeça dolorida
Tão cheia de quimeras, de ideal
Sobre o regaço brando e maternal
Da tua doce Irmã compadecida.
Hás de contar-me nessa voz tão q'rida
Tua dor infantil e irreal,
E eu, pra te consolar, direi o mal
Que à minha alma profunda fez a Vida.
E hás de adormecer nos meus joelhos...
E os meus dedos enrugados, velhos,
Hão de fazer-se leves e suaves...
Hão de poisar-se num fervor de crente,
Rosas brancas tombando docemente
Sobre o teu rosto, como penas d'aves...



PRINCESA DESALENTO
Minh'alma é a Princesa Desalento,
Como um Poeta lhe chamou, um dia.
É revoltada, trágica, sombria,
Como galopes infernais de vento!
É frágil como o sonho dum momento,
Soturna como preces de agonia,
Vive do riso duma boca fria!
Minh'alma é a Princesa Desalento...
Altas horas da noite ela vagueia...
E ao luar suavíssimo, que anseia,
Põe-se a falar de tanta coisa morta!
O luar ouve a minh'alma, ajoelhado,
E vai traçar, fantástico e gelado,
A sombra duma cruz à tua porta...]
SOMBRA
De olheiras roxas, roxas, quase pretas,
De olhos límpidos, doces, languescentes,
Lagos em calma, pálidos, dormentes
Onde se debruçassem violetas..
.
De mãos esguias, finas hastes quietas,
Que o vento não baloiça em noites quentes...
Nocturno de Chopin... risos dolentes...
Versos tristes em sonhos de Poetas...
Beijo doce de aromas perturbantes...
Rosal bendito que dá rosas... Dantes
Esta era Eu e Eu era a Idolatrada!...
Ah, cinzas mortas! Ah, luz que se apaga!
Vou sendo, em ti, agora, a sombra vaga
D’alguém que dobra a curva duma estrada...



HORA QUE PASSA
Vejo-me triste, abandonada e só
Bem como um cão sem dono e que o procura
Mais pobre e desprezada do que Job
A caminhar na via da amargura!
Judeu Errante que a ninguém faz dó!
Minh'alma triste, dolorida, escura,
Minh'alma sem amor é cinza, é pó,
Vaga roubada ao Mar da Desventura!
Que tragédia tão funda no meu peito!...
Quanta ilusão morrendo que esvoaça!
Quanto sonho a nascer e já desfeito!
Deus! Como é triste a hora quando morre...
O instante que foge, voa, e passa...
Fiozinho d'água triste... a vida corre...



DA MINHA JANELA
Mar alto! Ondas quebradas e vencidas
Num soluçar aflito, murmurado...
Vôo de gaivotas, leve, imaculado,
Como neves nos píncaros nascidas!
Sol! Ave a tombar, asas já feridas,
Batendo ainda num arfar pausado...
Ó meu doce poente torturado
Rezo-te em mim, chorando, mãos erguidas!
Meu verso de Samain cheio de graça,
Inda não és clarão já és luar
Como um branco lilás que se desfaça!
Amor! Teu coração traga-o no peito...
Pulsa dentro de mim como este mar
Num beijo eterno, assim, nunca desfeito!...



SOL POENTE
Tardinha... "Ave-Maria, Mãe de Deus..."
E reza a voz dos sinos e das noras...
O sol que morre tem clarões d'auroras,
Águia que bate as asas pelo céu!
Horas que têm a cor dos olhos teus...
Horas evocadoras doutras horas...
Lembranças de fantásticos outroras,
De sonhos que não tenho e que eram meus!
Horas em que as saudades, p'las estradas,
Inclinam as cabeças mart'rizadas
E ficam pensativas... meditando...
Morrem verbenas silenciosamente...
E o rubro sol da tua boca ardente
Vai-me a pálida boca desfolhando...



EXALTAÇÃO
viver! Beber o vento e o sol! Erguer
Ao céu os corações a palpitar!
Deus fez os nossos braços pra prender,
E a boca fez-se sangue pra beijar!
A chama, sempre rubra, ao alto a arder!
Asas sempre perdidas a pairar!
Mais alto até estrelas desprender!
A glória! A fama! Orgulho de criar!
Da vida tenho o mel e tenho os travos
No lago dos meus olhos de violetas,
Nos meus beijos estáticos, pagãos!
Trago na boca o coração dos cravos!
Boêmios, vagabundos, e poetas,